Téspis, Quérilo e Pratinas
Téspis, talvez apenas um mito, teria inventado a tragédia; Quérilo é o mais antigo autor de tragédias que conhecemos; e Pratinas
Téspis
Téspis era, talvez, nativo de Icária, demo da Ática associado a rituais dionisíacos. Suas atividades se desenvolveram
Todas as informações legadas pela Antiguidade, até mesmo o nome, são suspeitas e consideradas muito pouco prováveis pelos estudiosos modernos. É praticamente certo que Téspis não existiu e, consequentemente, não venceu o primeiro concurso de tragédias das Dionísias Urbanas entre

Algumas tradições contam que ele criou a tragédia[1] e foi o primeiro a utilizar um ator, o protagonista, para interagir com o Coro; Aristófanes conta que suas apresentações envolviam danças. Téspis percorria as estradas em uma carroça,
As obras que levam o nome de Téspis, inclusive a tragédia intitulada Penteu
As mais importantes são: Suda
Edições modernas: testemunhos e fragmento disponíveis no
Téspis teve estátuas antigas dedicadas a ele. Cameleon
“Téspis” é também o nome de várias companhias teatrais ou de dança, inclusive no Brasil. Em 1871, William Gilbert e Arthur Sullivan criaram uma opereta burlesca de grande sucesso na qual Téspis era um dos personagens.
Quérilo
O poeta trágico Quérilo era provavelmente ateniense e competiu contra Ésquilo e Pratinas c.
Outras datas e outros dados sobre sua vida são tradições tardias cada vez menos aceitas pelos eruditos modernos: a longa carreira, o total de 160 peças apresentadas, as 13 vitórias nos concursos e o interesse nas máscaras e trajes dos atores, entre outras.
Dispomos do título de uma única tragédia de Quérilo, Álope, da qual nenhum fragmento resta; sabemos, no entanto, que ela aborda o mito da origem de Hipotoon, um dos heróis epônimos da Ática.
Há dois pequenos fragmentos de obras desconhecidas, talvez os mais antigos versos trágicos do nosso registro histórico. Não sabemos se Quérilo escreveu dramas satíricos.
Suda
Hesíquio (χ 643) conta que Cratino
Edições modernas: testemunhos e fragmentos disponíveis no
Pratinas
Natural de Fliunte, pólis do noroeste do Peloponeso, perto de Nemeia. A única data relativamente segura de Pratinas é
Segundo a tradição, compôs 18 tragédias e 32 dramas satíricos; os antigos lembravam dele, justamente, como o criador desse gênero dramático. A reduzida quantidade de tragédias se deve possivelmente à estrutura do concurso trágico na época; a apresentação de tetralogias não era, talvez, obrigatória, ou então os dramas satíricos eram apresentados em outras ocasiões.
Pratinas
Aristias, filho de Pratinas, obteve o segundo prêmio em
Suda π 2230; POxy. 2256 F 2; Arg. Ésquilo, Sete contra Tebas; Pausânias 2.13.6; Tzetzes, De Licofron p. 3.11; Plutarco, Da música 1142b.
Edições modernas: testemunhos e fragmentos, TrGF 1.4 (todos) e David Campbell (1991, selecta); para o
O “hipórquema” de Pratinas já foi traduzido para o português por Guilherme Rodrigues (2016,