Troia I-V

No Egeu setentrional o Bronze Antigo está bem estudado no noroeste da Anatólia, em Troia I-V
Os colonizadores de Lemnos, de Lesbos e da Tróade, região da Anatólia onde ficava a cidade de Troia, vieram certamente de lugares mais adiantados do interior da Anatólia. Nenhum dos cinco primeiros estratos arqueológicos de Troia mostra qualquer interrupção cultural significativa. O mesmo povo, com os mesmos costumes, dominou a região o tempo todo, e as destruições que marcam a divisão entre Troia I, II, III, IV e V (Tab. 1) foram todas de ordem natural: incêndios, terremotos, etc.

As construções mais impressionantes eram as cidadelas de Troia, Lesbos e Lemnos. A mais antiga (Troia I) tinha cerca de 90 metros de diâmetro e muralhas de 2,5 metros de espessura, às vezes entremeadas de torres retangulares. Em Troia II, havia na muralha dois impressionantes portões e rampas pavimentadas com pedras. No interior das fortalezas, havia quase sempre um grande
mégaro; o de Troia II tinha no centro uma lareira circular de 4 metros de diâmetro, semelhante à
dos palácios micênicos posteriores
A cerâmica da região era de formato e tamanho variados, e em alguns vasos nota-se traços faciais humanos e certa dose de humor. Os jarros de bico alongado
Numerosos pesos de pedra ou de argila cozida para teares[2], alfinetes e agulhas encontrados nas casas indicam que a fiação e a tecelagem devem ter sido uma das atividades mais importantes.

A enorme quantidade de adagas, lanças e machados de combate, de pedra ou metal, além das formidáveis muralhas, indicam constante estado de prontidão e coisas importantes a serem protegidas... Com efeito, perto do mégaro de Troia II foi encontrada tal quantidade de objetos de luxo moldados em ouro, prata e outros metais preciosos que seu descobridor, tesouro de Príamo
. As joias eram altamente sofisticadas e sua confecção nada fica a dever à moderna joalheria.
As crianças eram sepultadas em covas simples ou em jarros sob o chão das casas (Troia I e II); os adultos, em simples buracos nas muralhas (Troia II), sem nenhum presente fúnebre.