Este curto mas completo epinício é o mais recente dentre os que chegaram até nós (Morais, 2009, leves modificações):
Foi escrito para celebrar a vitória de Lácon, filho de Aristómenes, na corrida de
rapazes da 82.ª Olimpíada, que teve lugar na
Primavera-Verão de -452, 'junto à embocadura do Alfeu' (v. 3),
como se pode comprovar por um fragmento com uma lista dos vencedores em Olímpia, entre -480 e -448.
A tradução foi publicada em 2009 por Carlos Morais, da Universidade do Aveiro, Portugal (op. cit.). A lista de vencedores por ele mencionada está em I.G. XII 5.608.
A Lácon, vencedor na corrida de rapazes em Olímpia
Lácon, do Zeus supremo,
alcançou a suma glória, com os seus pés,
junto à embocadura do Alfeu, feito igual
a outros pelos quais, outrora,
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Ceos[1], criadora de vinhas,
foi cantada em Olímpia,
como vencedora no pugilato e na corrida,
por jovens exuberantes
de cabelos com grinaldas.
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E a ti, agora, um hino de Urânia, soberana do canto,
por vontade de Vitória
— ó filho de Aristómenes,
de pés velozes como o vento —,
te honra com cantos, entoados diante de tua casa,
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porque, com o teu triunfo na corrida,
a Ceos deste fama.