Evangelhos sinópticos e atos dos apóstolos
Os três primeiros evangelhos do Novo Testamento — Mateus, Marcos, Lucas — são
denominados sinópticos, do grego
Essa terminologia foi empregada pela primeira vez em 1583 por Georg Siege, mas
a semelhança entre eles já havia sido detectada muito antes por Eusébio
de Cesareia
- pregação de João Batista e batismo de Jesus;
- ministério de Jesus na Galileia;
- viagem de Jesus a Jerusalém;
- paixão, morte e ressurreição de Jesus.
O nome dos evangelistas se conservou através de tradição muito posterior à época da composição dos textos. Os autores são, na realidade, muito pouco conhecidos, pois não há informações fidedignas sobre eles. O evangelho de “Marcos”, escrito entre 65 e 70, é o mais antigo dos evangelhos sinópticos e fonte provável dos textos de “Mateus” e “Lucas”, escritos entre 70 e 90. “Mateus” e “Lucas” recorreram também, aparentemente, a uma outra fonte, hoje perdida, apelidada de “Q” pelos eruditos.
Segundo a tradição, “Lucas” era médico e foi companheiro e amigo de São Paulo; o
grego do evangelho atribuído a ele é límpido e elegante, bem diferente dos demais.
Até hoje há controvérsias sobre as fontes, autores, relações literárias e causas das semelhanças entre os evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas (o problema sinóptico).