Jovem tocando flauta para sátiro
O artista retratou o idealizado e bucólico mundo dos pastores gregos através da imagem de um jovem tocando flauta em meio a luxuriante vegetação. Diante dele, um sátiro cansado segura languidamente sua própria flauta e ouve atentamente, o que evoca as amigáveis disputas musicais retratadas nos famosos idílios de Teócrito.
Segundo o comentarista do Metropolitan, o sátiro pode estar representando Pã ou Mársias, e o jovem, Apolo, Olimpo ou Dáfnis. A obra seria uma alusão ao contraste entre o espírito apaixonado do dionisíaco (Pã está ligado a Dioniso) e a clareza da razão do apolíneo. Segundo os humanistas da Renascença e do Barroco, são esses os dois impulsos opostos que constituem a criatividade artística.
Essa antinomia entre o apolíneo e o dionisíaco seria posteriormente estendida a diversas outras áreas do saber pelo filósofo alemão Friedrich Nietzsche
Etapa cultural: Barroco.
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