A Atena Παρθένος, lit. a ‘virgem Atena’, gigantesca estátua criselefantina de 11,5 metros esculpida por Fídias para o parthenon de Atenas, hoje perdida, foi completada e dedicada em -438. No século V d.C. ela ainda estava em Atenas e pode ter sido posteriormente levada para Constantinopla, mas não se sabe realmente quando desapareceu.
De acordo com Pausânias (sæc. II) e Plínio, o Velho (23/79), a pele era de marfim e as vestes, de ouro. A deusa usava a égide, com uma cabeça de Medusa esculpida em marfim, e um elaborado capacete, encimado por uma esfinge central com um grifo de cada lado; segurava uma Nice, uma vitória alada, uma espada e tinha, aos seus pés, um escudo e uma serpente. Na parte exterior do escudo, relevos mostravam a cabeça de Medusa no centro, e em torno dela a luta com as Amazonas (amazonomaquia); na parte interior, representou-se a gigantomaquia. No pedestal, outra cena em relevo mostrava o nascimento de Pandora.
A estátua de Atena ficava no fundo da naos, tendo imponentes colunas dóricas atrás e dos lados, a face voltada para o pórtico leste. Diante dela, uma enorme bacia de água recobria todo o chão até a porta. Duas janelas laterais e a porta providenciavam luz, que se refletia na água e produzia grande efeito.
Veja, na Fig. 0280a, uma reconstrução conjetural e “romântica” da escultura na naos do parthenon.
Acredita-se que a Atena Varvakeion, cópia romana de mármore de original do fim do sæc. -III, reproduz o aspecto geral e talvez alguns detalhes da estátua de Fídias (imagines alterae).