Sófocles / Édipo em Colono
Ἄϊδος ὅτε Μοῖρ' ἀνυμέναιος
ἄλυρος ἄχορος ἀναπέφηνε,
θάνατος ἐς τελευτάν.
Igualando todos,
emerge do reino sombrio o fim,
sem bodas, sem lira, sem danças —
a morte, derradeiro limite.
Edipo em Colono (gr.
Embora tenha sido escrita um ou dois anos antes da morte do autor (
Argumento
Édipo, agora velho, cego, errante e sempre conduzido e auxiliado por sua filha Antígona, chega a Colono, perto de Atenas. O velho pede asilo e direito de sepultura a Teseu, rei de Atenas; Teseu concorda e Édipo revela que sua sepultura protegerá a terra contra os inimigos.
Creonte, que reinava em Tebas depois de Édipo, tenta levar o antigo rei de volta, pois a luta entre Etéocles e Polinices, filhos de Édipo, é iminente; Polinices vem, mesmo, pedir a ajuda do pai contra o irmão. Édipo, defendido por Teseu, se recusa e pouco depois um mensageiro relata seu miraculoso desaparecimento.
Personagens do drama
Mise en Scène
A cena se passa na orla de um bosque de Colono, bem próximo de Atenas. Ao longe de vê uma estátua de Colono, herói epônimo do lugar.
O protagonista fazia o papel de Édipo e o de Mensageiro; o deuteragonista representava Antígona; o tritagonista, o Estrangeiro, Ismena, Creonte e Polinices. O papel de Teseu, provavelmente, foi representado sucessivamente por cada um dos três atores, mas alguns eruditos acreditam que pode ter havido um quarto ator e outros propõem a seguinte distribuição alternativa: Antígona e Creonte, deuteragonista; Estrangeiro, Ismena, Teseu, Polinices, tritagonista.
Resumo da tragédia
Prólogo (1-116), párodo (117-253), 1º episódio (254-509), 1º estásimo (510-48), 2º episódio (549-667), 2º estásimo (668-719), 3º episódio (720-1043), 3º estásimo (1044-98), 4º episódio (1099-1210), 4º estásimo (1211-248), 5º episódio (1249-446), 5º estásimo (1447-99), 6º episódio (1500-78), êxodo (1579-1780).
Manuscritos, edições, traduções
Os principais manuscritos com essa tragédia são o Mediceus (Laurentianus 32.9, sæc. X), da Biblioteca Laurenciana de Florença, e o Parisinus 2712 (sæc. XIII), da Biblioteca Nacional de Paris. A editio princeps é a Aldina, de 1502. Das edições modernas da tragédia isolada, as mais importantes são as de .
Traduções para o português: Maria do Céu Zambujo Fialho (1996), Donaldo Schüler (2003), Cristiane Patrícia Zaniratto (2003), Trajano Vieira (2005).