O grego nas línguas neolatinas

Línguas antigas e modernas são agrupadas pelos filólogos em diversas famílias, isto é, grupos de línguas derivadas do mesmo tronco.

A família indo-europeia, conforme mencionado no texto sobre a origem da língua grega, é uma das mais bem documentadas e conhecidas.

miniaturaInscrição de Lavinium, -550/-525

Um dos grupos mais importantes dessa enorme família é o das línguas neolatinas, formadas a partir da mistura entre o 'latim vulgar' (sermo plebeius), falado pelos soldados e pelo povo romano em geral, e as línguas originais dos povos conquistados.

As línguas neolatinas compõem uma das ramificações do grupo ítalo-céltico que, a princípio, contava com o latim, o osco e o úmbrio, línguas extintas faladas na península italiana durante o I milênio aC, pelo menos. Por outro lado, línguas como o italiano, o provençal, o francês, o espanhol, o catalão, o português, o rético e o romeno existem até hoje.

As outras ramificações da família indo-europeia são: as línguas celtas, ainda faladas em algumas regiões da Grã-Bretanha; as germânicas, que contam com o islandês, o sueco, o dinamarquês, o alemão, o iídiche, o holandês e o inglês; e as balto-eslavas, que englobam o russo, o theco, o eslovaco, o polonês, o servo-croata e o búlgaro, entre outras.

Todas as línguas de origem indo-europeia guardam estreito parentesco e, por isso, o grego antigo, o latim e as modernas línguas neolatinas têm diversas estruturas sintáticas e numerosos vocábulos em comum. No latim, por exemplo, até mesmo os caracteres das inscrições alfabéticas mais antigas são semelhantes aos dos alfabetos gregos arcaicos.