Teócrito / Idílios bucólicos
Os poemas bucólicos ou pastorais (gr.
Sete poemas do corpus de Teócrito têm essas características.
Resumos
- I. Tírsis
- Um pastor de cabras, tocador de flauta, oferece ao pastor Tírsis um belo vaso, que é
descrito, para que ele cante. Tírsis canta
A paixão de Dáfnis
, uma lenda da Sicília: Dáfnis, um pastor,recusou-se veementemente a cultuar Afrodite (i.e., se apaixonar) e preferiu morrer. - IV. Os pastores
- Diálogo entre dois pastores, Coridon e Batos, que conversam animadamente a respeito de coisas e pessoas que conhecem.
- V. O pastor de cabras e o pastor de ovelhas
- Dois pastores, Comatas e Lácon, discutem. Ao ser acusado de não saber usar a flauta, Lácon propõe um concurso de canto bucólico; os dois pastores cantam, e Comatas é o vencedor.
- VI. Os cantores bucólicos
- Dáfnis e Damoítas, dois pastores, cantam a paixão não correspondida do ciclope Polifemo pela nereida Galateia.
- VII. As talísias
- Em Cós, a caminho das festas celebradas em honra a Deméter, Simíquidas (possivelmente o próprio Teócrito), um pastor de gado, se encontra com Lícidas, um pastor de cabras. Os dois entoam, enquanto caminham, belos cantos bucólicos.
- X. Os ceifeiros
- Dois simples e rudes trabalhadores, Milon e Bucaios, conversam e cantam enquanto trabalham.
- XI. O ciclope
- O jovem e desajeitado ciclope Polifemo canta sua paixão pela delicada e bela nereida Galateia, que não lhe dá atenção
Nesse último e célebre idílio, Teócrito mostrou Polifemo de forma totalmente idealizada e que chamaríamos, hoje em dia, de romântica
.
Passagens selecionadas
Manuscritos, edições, traduções
Os dois manuscritos mais bem conservados dos Idílios de Teócrito são o Ambrosianus 222, da Biblioteca Ambrosiana de Milão, e o Vaticanus 915, da Biblioteca do Vaticano, ambos do século XIII.
A edição Aldina data de
As primeiras traduções dos idílios de Teócrito para o português foram efetuadas por Joaquim de Foyos (1792), Henrique Lopes de Mendonça (1913) e Francisco Maria Esteves Pereira (1913); O Ciclope foi traduzido por José Cardoso em 1959 e o Idílio VI por Fabrício Possebon, em 2007. Rocha Pereira traduziu passagens dos Idílios V e VII (91998).