O pomo da discórdia

1636/1638
Óleo sobre tela
Jacob Jordaens (1593-1678)

O título original da obra, Las bodas de Tetis y Peleo, se refere ao banquete de casamento prestigiado pelos deuses olímpicos. A cena representada destaca, porém, apenas o episódio mais dramático do evento: o pomo da discórdia.

Éris, uma entidade alada e de olhos furiosos, acabou de deixar a maçã e se afasta rapidamente, vestes esvoaçantes. As demais divindades foram pintadas em estilo neoclássico, nitidamente barroco, mas figurados de acordo com os mitos romanos.

Júpiter (Zeus) está sentado à mesa, pensativo, ao lado de Juno (Hera), e entrega a fatídica fruta para Mercúrio (Hermes), reconhecível pelo chapéu alado e pelo caduceu. Diante do casal está Minerva (Atena), de pé com capacete, armadura e lança, e Vênus (Afrodite), sentada, nua, com diadema e ao lado de um pequeno Eros (Cupido).

Outras divindades reconhecíveis são Marte (Ares), de armadura e sentado à esquerda de Atena e, no fundo e à esquerda dele, Diana (Ártemis), com um diadema em forma de meia-lua.

Os noivos estão provavelmente sentados na extrema direita. Peleu está sentado em uma cadeira elaborada, usa uma coroa e segura na mão esquerda a de Tétis, que está usando um véu preso com pérolas.

Apenas as três deusas associadas à querela da beleza falam e gesticulam: Atena, Hera e Afrodite.

O flamengo Peter Paul Rubens (1577–1640) pintou um quadro praticamente com o mesmo leiaute (Chicago 1947.108), mais ou menos na mesma época...

registro nº1372
acervoMadri, Museu do Prado
nº inventárioP001634
fonte / ©Museo del Prado
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