Lamentação fúnebre
No fim do século -VI, placas de terracota como essa decoravam com frequência a parece de tumbas. Elas eram tipicamente decoradas com imagens que evocavam mitos e costumes de antigas práticas funerárias gregas.
Uma lamentação pelo morto está representada na parte superior da placa. Depois de banhado e vestido, o falecido era colocado em um esquife elevado, com os pés voltados para a porta; as duas almofadas sob a cabeça evitavam que suas mandíbulas ficassem abertas. As pranteadoras, de pé em cada lado do esquife, gesticulam com a mão e puxam o cabelo. Os pranteadores elevam o braço direito. No registro inferior, três quadrigas (carruagens com quatro cavalos) correm para a direita; cada um dos condutores usa um quíton branco cinturado.
As cenas de lamentação, com ou sem cortejo fúnebre, são temas recorrentes na arte funerária ática. A iconografia da lamentação remonta ao Período Micênico e a do cortejo, que evoca os jogos instituídos em honra de heróis legendários (e.g. livro 23 da Ilíada), ao início do Período Arcaico.
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