Hino homérico a Apolo

Εἰς Ἀπόλλωνα hymnus ad Apollinem h. Ap. (= h. Hom. 3) -590 (pars 1) e -500/-450 (pars 2)
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Antigo poema épico dedicado ao deus grego Apolo; um dos hinos homéricos “maiores”.

miniatura Apolo “matador de
lagartos”

O longo hino a Apolo parece, na verdade, uma composição de dois hinos criados em ocasiões diferentes, para festivais diferentes.

Ruhnken propôs, em 1782, que o longo hino a Apolo era uma composição de dois hinos originalmente autônomos, o primeiro dedicado a Apolo Délio (1-178) e o segundo, a Apolo Pítio (182-546). A maioria dos eruditos modernos têm essa opinião, mas alguns ainda são adeptos da unicidade do hino.

A primeira parte teria 178 versos e narra o atribulado nascimento do deus em Delos; a segunda tem 368 versos e celebra a fundação de seu culto em Delfos (nome antigo: Πυθώ). H. Ap. contém ainda um pequeno hino a Letó (14-8) inserido no início do hino a Apolo Délio (ver Cabral, 2004, p. 176).

Extensão: 546 versos

Autor: Cineto de Quios, um rapsodo (Σ Píndaro Nemeias 2.1c.4-10).

Data: a primeira parte remonta a 590 a.C. e a segunda, provavelmente, à segunda parte do século V a.C.

Editio princeps: Florença 1488.

Tradução: Malhadas e Moura Neves (1976), apenas a primeira parte; Gramacho (2003), Cabral (2004) e Massi (2006) traduziram o poema completo.

A tradução de Maria Lúcia Massi foi publicada na edição brasileira dos Hinos (Ribeiro Jr. 2010).