Embora a costa ocidental da península anatólica tivesse sido povoada somente depois
de -3000, os antecessores dos povos indo-europeus possivelmente já estavam presentes na Ásia Ocidental alguns milênios antes.
A região centro-oriental da Península Anatólica, ao sul do Cáucaso e entre o Mar Negro e o Mar
Cáspio, é uma das candidatas a “terra natal” dos primitivos indo-europeus
que, milênios mais tarde, teriam papel de destaque na história da Grécia. A maior parte dos especialistas, no entanto, prefere situar a terra natal
indo-europeia mais acima, na estepe pôntica, situada ao norte do Mar Negro e ao norte e a leste do Mar Cáspio, e situa as primeiras migrações no
IV milênio a.C.
Estudos recentes do DNA de populações modernas que falam línguas indo-europeias identificaram um
subclado[1], o M417 (R1a1a), que parece apontar uma dessas duas regiões (ou ambas) como ponto de origem do
movimento migratório por volta de -3800.
De qualquer modo, acredita-se atualmente que os proto-indo-europeus eram parte de
antigas comunidades neolíticas que utilizavam uma língua comum, e que entre
-5500 e -3000 começaram a migrar pacificamente para o noroeste, rumo à
Europa Central, e também para o leste e o sudeste.
As migrações indo-europeias estariam, consequentemente, inseridas no movimento
normal de difusão da agricultura e do pastoreio a partir da Ásia Ocidental.