Herondas / Mimos
Oito mimos (gr.
Sumário
Compostos em versos iâmbicos e dialeto iônico, apresentam episódios pitorescos do
Resumos
Baseados na edição de Nairn (1904).
- A alcoviteira Uma alcoviteira propõe uma aventura amorosa a uma jovem esposa cujo marido está em viagem há longo tempo. A proposta é rechaçada.
- O comerciante de moças No tribunal, um dono de bordel usa de linguagem bastante colorida para protestar contra os abusos e “danos” produzidos por um rico cliente em uma de suas pensionistas.
- O professor
A mãe de um garoto que cabula aulas para se divertirleva-o ao professor e pede que lhe dê severa punição. O menino suplica por um castigo leve, mas o mestre o espanca com uma cauda de boi. - As mulheres no templo de Asclépio
Duas mulheres se dirigem ao templo de Asclépio para um sacrifício e admiram as belas obras de arte deixadas pelos fiéis. Uma delas, que afeta ares de conhecedora, dá explicações... - A ciumenta
Uma mulher demeia-idade quer enviar um de seus escravos — com o qual tem íntimo relacionamento — a umacasa de correção de escravos
, ao suspeitar que ele a traiu com outra mulher. As súplicas de uma serva, porém, a demovem. - As amigas
Uma mulher, que viu na casa de uma amiga um falo de couro que lhe fora emprestado, procura a proprietária para se informar a respeito do fabricante. Esta, a princípio contrariada porque o objeto não estava com a pessoa a quem ela o emprestara, finalmente cede e dá a informação. - O sapateiro
Duas amigas discutem, na loja de um sapateiro de luxo, o preço do par escolhido. - O sonho
Ao amanhecer, o dono de uma fazenda ou granja dá ordens a seus servos.Segue-se o relato de um sonho e sua interpretação.
Papiros, edições e traduções
A mais importante fonte dos mimos de Herondas é um papiro (o I35) descoberto no deserto do Fayum, Egito, atualmente conservado no Museu Britânico de Londres. O papiro foi decifrado por Kenyon, que publicou a a edição princeps em 1891.
Das edições modernas, as mais acessíveis são as de Cunningham (1971, Oxford; 1987, Teubner; 1993, Cambridge) e a de Knox (1973); a de Nairn, constantemente reimpressa, ainda é muito útil.
Passagens selecionadas
A primeira tradução de Herondas para o português foi efetuada por Maria Celeste C. Dezotti, que traduziu o Mimo 5 em 1993.