Com o empobrecimento cultural que se seguiu ao colapso do mundo micênico c. -1100, desapareceram as magníficas manifestações artísticas do período
precedente.
Durante os duzentos anos seguintes, as comunidades gregas
preocuparam-se apenas com a sobrevivência.
Apesar disso e apesar do nome, a “Idade das Trevas” não foi apenas obscuridade e empobrecimento. A escassa
cerâmica produzida após -1000, as esculturas em terracota e também os
conceitos arquitetônicos que se desenvolveram mostram alguma continuidade com os padrões
micênicos, de modo que nem todo conhecimento se perdeu.
A lenta recuperação cultural começou por volta de -900 e de forma diferente em cada local do mundo grego. Surgiram estilos artísticos próprios de cada
região, especialmente na cerâmica, e a arte geométrica dos oleiros atenienses mostrou
rara vitalidade para a época.
Alguns templos comunitários simples, de madeira, começaram a ser construídos nas últimas décadas desse período.
A partir dessas formas artísticas modestas e emergentes, com leves resquícios da
esplêndida arte micênica, definiram-se as bases que caracterizariam
a estética da Grécia Arcaica.