Esopo e suas fábulas
As pequenas narrativas em prosa
Esopo
Segundo a tradição conservada na Antiguidade, Esopo
era um
Todos os dados que temos a seu respeito são incertos e, ironicamente, fabulosos.
Não se trata, portanto de personagem histórico e o correto seria nos referirmos a ele como [Esopo], a despeito da arraigada tradição.
As fábulas de [Esopo]
Dentre as fábulas atribuídas a [Esopo], ditas “esópicas”, cerca de duzentas e setenta
chegaram até nós, e não sabemos se são as mesmas que circulavam no século

Em geral, a fábula de [Esopo] ou esópica começa pelo título, depois vem uma curta narrativa em prosa e, quase sempre, um epimítio. No epimítio o fabulista frequentemente apresenta aquilo que chamamos, na atualidade, de “moral da história”. A fábula propriamente dita é constituída pela narrativa, sem dúvida a parte mais antiga do texto.
É possível que os títulos e talvez até mesmo os epimítios tenham sido apostos posteriormente pelos editores antigos ou, eventualmente, pelos copistas dos manuscritos.
Os personagens são muito variados: homens e mulheres, personagens mais ou menos históricos, deuses e deusas, animais falantes todos descritos de forma sucinta, porém muito viva.
Fábulas selecionadas
Manuscritos e edições
As principais fontes para as fábulas esópicas são a “recensão I” e a “recensão Ia”.
A primeira, conhecida também por Augustana,

A edição princeps de [Esopo] é a de Bonus Accursius, publicada em Milão em 1474; a Aldina saiu bem mais tarde, em 1505.
Fábulas de Esopo é um dos textos gregos mais publicados de todos os tempos. Dentre as edições mais recentes, a de Schneider (1812) é importante, mas as de Chambry (1927) e de Perry (1952) são as mais completas e acessíveis. Muito útil e prática é a edição bilíngue de Loayza (1995), baseada em Chambry e Perry.
Traduções
Em portugal, as mais antigas traduções do texto grego são as de Manuel Mendes da Vidigueira (1603; edição corrigida em 1672 por João Ferreira de Almeida) e de João Félix Pereira (1820).
No Brasil, a edição mais antiga é a de Celeste Dezotti (1991, revisada e republicada em 2013), seguida pelas de Aveleza (2002), de Nelson Ferreira (2013), de André Malta (2017) e de Clara Crepaldi (2018).