Além dos instrumentos das famílias do aulo e da lira, os mais populares, os gregos antigos recorriam a diversos dispositivos sonoros em rituais e outras ocasiões.
Dançarina com crótalo
O crótalo (gr. κρόταλον, lat. crotalum) era uma espécie de castanhola de madeira, usualmente um caniço ou junco cortado em duas metades (Σ Ar. Nu. 260), que produzia um ruído quando sacudido. Posteriormente, de acordo com o erudito bizantino Eustácio (c. 1115/1196), eram feitos de metal.
O tímpano (gr. τύμπανον), espécie de tambor pequeno e estreito levado em uma das mãos e percutido com a outra mão ou com um bastão, é certamente um dos ancestrais dos tamborins e pandeiros modernos. O aro era de madeira e a superfície, de pele de animal (vaca, burro).
Um “sistro apuliano”
O sistro (gr. σεῖστρον), antigo instrumento de percussão semelhante a um grande chocalho, utilizado pelos povos da Ásia Menor, pelos egípcios e pelos cretenses da Idade do Bronze [Ilum. 0241b], é utilizado até hoje. De madeira, de bronze e até mesmo de argila, tinha forma de U e era atravessado por pequenas hastes horizontais com peças metálicas, que faziam barulho quando era agitado.
Esse instrumento não era, aparentemente, o mesmo sistro apuliano representado em vasos italiotas do século -IV em diante. Possivelmente trata-se do mesmo instrumento descoberto pelos arqueológos, um antigo instrumento de percussão semelhante a um grande chocalho, presente já na antiga cultura sumeriana e no antigo Egito, utilizado até hoje.
Fórminx e chocalhos
Havia também pequenos chocalhos, presentes em cenas de vasos do Geométrico Antigo.
Tanto o crótalo quanto o tímpano eram utilizados em danças e associados a rituais dionisíacos e ao culto de Cibele do Período Arcaico em diante; o sistro de origem oriental, no culto de Ísis durante o Período Greco-Romano.