Mesomedes
Compositor de música para cítara e poeta lírico, alguns de seus versos para acompanhamento musical sobreviveram.
Mesomedes viveu na época dos imperadores Adriano e Antonino Pio, que reinaram consecutivamente de 117 a 161. Certamente viveu algum tempo em Roma, já que era um dos libertos[1] de Adriano e compôs um panegírico em homenagem a Antínoo, favorito do imperador. Após a morte de Adriano, Mesomedes continuou sua carreira no Museu de Alexandria.
Treze poemas de sua autoria, com metros diversificados, chegaram até nós: dois epigramas da Antologia Palatina e outros poemas mais longos. Pelo menos quatro desses poemas estão acompanhados da notação musical e chegaram até nós em partes, através de diversos manuscritos.
Os dois mais antigos e mais próximos do arquétipo são o Venetus Marcianus appl. cl. 6.10 (Veneza, Biblioteca de São Marcos) e o Vaticanus Ottobonianus gr. 59 (Biblioteca do Vaticano), ambos dos sæc. XIII/XIV.
Poemas com notação musical: invocações à Musa (que pode não ser de Mesomedes), a Calíope e a Apolo Délio; hinos a Hélio e a Nêmesis.
Editio princeps: Vincenzo Galilei (1581). Edição padrão: Pöhlmann e West (2001).
O hino à Musa foi vertido para o português por Rodrigo Peñaloza.