Tales de Mileto

Θαλῆς Thales Phil. Thal.
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Tales de Mileto (gr. Θαλῆς), um dos sete sábios da Grécia, é o mais antigo filósofo grego de que temos notícia.

miniaturaTales de Mileto

Sabemos que viveu em Mileto entre -625 e -545, aproximadamente, e que pode ter se envolvido com a política da pólis. Atribui-se a ele a criação da federação de cidades iônicas para a defesa contra o império persa. De acordo com alguns testemunhos, conhecia a cultura egípcia e a ciência dos mesopotâmios, o que é certamente razoável, dadas as amplas conexões comerciais de Mileto com o Mediterrâneo Oriental.

Suas contribuições abrangem a filosofia da natureza propriamente dita e mais diversas áreas que, em nossos dias, fazem parte das Ciências.

Filosofia e política

Na filosofia, contribuiu notadamente para a cosmogonia, ao preconizar a existência de um princípio ou substância fundamental (gr. ἀρχή), a água, para explicar a estrutura e o funcionamento do Cosmo.

Especulou, também, sobre a natureza da alma.

Tecnologia

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Astronomia

Tales introduziu na Grécia os fundamentos da astronomia, aprendidos em suas viagens pelo Egito e outras regiões do Oriente. A famosa previsão de um eclipse solar[1] para o dia 28 de maio de -585, (cálculo moderno) a ele atribuída por Heródoto (ver Doxografia), no entanto, não tem fundamento histórico e deve ser considerada nada mais do que uma simples anedota.

Ele especulou, por outro lado, sobre as dimensões e as órbitas do sol e da lua, mediu o intervalo entre os solstícios[2] e estudou as estrelas.

Meteorologia

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Matemática

Segundo a tradição, Tales foi o primeiro matemático da Grécia Antiga. Além de mensurações baseadas em princípios fundamentais, consta que propôs uma série de teoremas trigonométricos. O mais conhecido deles é o Teorema de Tales.

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Passagens selecionadas

Doxografia, edições, traduções

Nenhum dos escritos de Tales chegou até nós, se é que ele realmente escreveu alguma coisa; dispomos apenas do testemunho de estudiosos posteriores, notadamente Heródoto, Aristóteles e Proclo.

As coletâneas modernas mais importantes de sua doxografia são a de Mulach (1923) e a de Diels-Kranz (61951). Muito prática é a antologia crítica dos eruditos ingleses Kirk, Raven e Schofield (11957, 41994), que existe em tradução portuguesa.

Os testemunhos sobre as ideias de Tales foram traduzidos do grego para o português por Eudoro de Souza, nos anos sessenta do século XX, e por Gerd Bornheim em 1967.