A escultura helenística

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A escultura helenística caracterizou-se, ao longo do tempo, pelo individualismo, pelo realismo e pelo interesse em “retratos psicológicos”.

miniaturaRelevo do altar de Zeus em Pérgamo

A primeira fase, que durou até -250, foi um período transicional, em que a nova estética se impôs; na segunda fase, a do barroco helenístico (-250 a -150), o realismo se tornou consideravelmente exagerado, com representações de angústia, sofrimento e outras emoções intensas; na última fase (-150 a -30), que coincidiu com a dominação romana, houve uma revalorização das linhas serenas e tranquilas que caracterizaram o Período Clássico.

Reis, filósofos, poetas e atletas

A nova estrutura política valorizou a figura pessoal do rei helenístico, encarnação do poder do Estado. Estátuas em pedra e bronze representavam esses monarcas como poderosos e carismáticos líderes, dotados de inúmeras virtudes pessoais.

miniaturaBusto de Zênon
de Cítio

Os protótipos dessas imagens foram, sem dúvida, as numerosas estátuas que representam o jovem, atlético e atraente Alexandre III da Macedônia. Os “retratos” dos diversos monarcas helenísticos que o sucederam, no entanto, valorizaram menos a juventude e os aspectos heroico e atlético e mais a maturidade, a firmeza e a modéstia.

“Esculturas-retratos” de outros homens ilustres como filósofos, oradores, poetas e atletas proeminentes eram igualmente comuns. Retratos “psicológicos”, cujos atributos permitiam reconhecer o filósofo, o homem de letras e o atleta, tornaram-se cada vez mais comuns. As imagens de filósofos procuravam evidenciar a idade, a sabedoria e o vigor mental; a dos atletas, o vigor físico; a dos oradores e poetas, o intelecto.

A representação desses atributos, assim como a barba, a postura, a nudez e detalhes apropriados do traje e do corpo derivam de imagens clássicas de divindades, heróis e atletas, enriquecidos pelo realismo pesado do Período Helenístico.

Em breve

  1. Deuses, deusas e mulheres
  2. O barroco helenístico
  3. Relevos