Aristófanes / Lisístrata
Comédia de Aristófanes com 1350 versos, datada de
Ingênuo mas veemente apelo à paz, Lisístratafoi representada pela primeira vez nas Leneias de Atenas sob o nome de Calístrato, o ensaiador da peça. Nada sabemos a respeito da premiação obtida.
A comédia é ambientada nos últimos anos da Guerra do Peloponeso, quando Atenas estava em
situação crítica. A pólis ainda não se recuperara da desastrosa campanha da Sicília
Lisístrata é a mais antiga das comédias aristofânicas que chegou até nós sem a parábase.
Hipótese
As mulheres das cidades gregas envolvidas na Guerra do Peloponeso, lideradas pela ateniense Lisístrata, decidem instituir uma greve de sexo até que seus maridos parem a luta e estabeleçam a paz. No fim da peça, graças às mulheres, as duas cidades celebram efetivamente a paz.
Curiosidade: Lisístrata, em grego, quer dizer 'a que dissolve / separa exércitos'...
Dramatis personae
E mais o filho de Cinésias e um arauto lacedemônio. Participam também diversas outras mulheres atenienses, representantes de Atenas e de Esparta, e numerosos personagens mudos.
Mise en Scène
A cena se passa em Atenas, na Ática. O cenário representa duas casas, a de Lisístrata, de um lado, e a de Cleonice, de outro; ao fundo, o Propileu (entrada monumental da acrópole) e a gruta de Pã (Alfonsi, 1966).
Resumo
A comédia tem 1320 versos e ocupa cerca de 50 páginas da edição de Hall e Geldart (1907), na qual se baseia este resumo.
Lisístrata
Um comissário, com o auxílio de soldados, tenta prender Lisístrata e entrar na
Acrópole, mas as outras mulheres não permitem (1º Episódio,
Lisístrata explica ao Coro de Velhas os tremendos esforços que tem de fazer para
impedir que as mulheres entrincheiradas na acrópole escapem e confraternizem com o
"inimigo". Depois de impedir diversas fugas, lê uma profecia que assegura a vitória
às mulheres, desde que se mantenham firmes em seu propósito (3º Episódio,
Cinésias, marido de Mirrina, vem à cidadela tentar convencer a mulher a voltar.
Ela finge concordar,
O coro de velhos e o coro de velhas atenienses se entendem e fazem as pazes (2º
Canto coral,
Manuscritos, edições e traduções
Passagens selecionadas
Duas das melhores fontes de Lisístrata são os manuscritos Ravennas 137 4 A, do fim do século X, conservado na Biblioteca Classense de Ravena, e o Parisinus inter Regios 2712, do século XIII, da Biblioteca Nacional de Paris.
Edição princeps: a Aldina, de 1498. Dentre as edições modernas, as mais
importantes são a de Bekker (1829), a de Dindorf (1867), a de von Velsen (1886),
Em português, há traduções da comédia a partir do texto grego efetuadas por Manoel João Gomes (1985), Ana Maria César Pompeu (1998), Adriane da Silva Duarte (2005) e Trajano Vieira (2011).