Vaso para libações dedicado a Ningishzida

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Vaso de esteatita com relevos

As imagens esculpidas na parte externa do vaso mostram o deus-serpente Ningishzida, representado por duas serpentes que enlaçam uma coluna, entre dois monstros alados que se apoiam em longos bastões decorados.

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Fig. 0238. Desenho do vaso do Louvre.

O vaso, descoberto por Ernest de Sarzec em 1881, se destina a libações e é oferenda de Gudea, antigo governante mesopotâmico e devoto do deus Ningishzida.

A inscrição em caracteres cuneiformes na parte média do vaso pode ser traduzida mais ou menos assim (Heuzey, 1884-1912, p. 234-6):

A Ningiszida / seu deus / pelo prolongamento de sua vida / Gudea / patési[1] / de Surpoula / consagrou (esta oferenda).

O nome do monstro alado, representado dos dois lados de Ningishzida, é Mušḫuššu.

Na Grécia Antiga, o bastão com duas serpentes enlaçadas é símbolo do deus Hermes e nada tem a ver com o símbolo da medicina.

registro nº1402
proveniênciaTello (antiga Girsu), Iraque
acervoParis, Museu do Louvre
nº inventárioAO 190
imagemMathieu Rabeau
abreviaturaParis AO 190