A “Afrodite” do escultor Praxíteles (c. -370/-330), criada por volta de -350/-340, foi uma das estátuas mais
copiadas da Antiguidade. As Fig. 0456a-b mostram duas outras cópias e a Fig. 0445 (imagines alterae), um grupo escultório inspirado
na obra de Praxíteles.
A Afrodite de Praxíles foi a primeira obra grega de culto, em tamanho natural, a representar a mulher
completamente nua e sensual. Sua influência na História da Arte foi imensa, pois inspirou enorme
variedade de nus femininos de maior ou menor apelo erótico nos séculos seguintes.
A naturalidade, graça e beleza da escultura original de Praxíteles tornou-se lendária; Luciano de Samósata, escritor
do século II, conta a anedota de um homem que, preso por acidente no templo de Afrodite durante a noite,
atacou sexualmente a estátua...
Segundo Ateneu (13.590–1), Praxíteles se inspirou no corpo da belíssima hetera[1] Frine, cujo nome
verdadeiro era Mnesarete (gr. Μνησαρέτη),
para esculpir a Afrodite.