Seleção de fragmentos de Anacreonte, conservados por Ateneu, [Herodiano], Hefestion (Manual de métrica) e Máximo de Tiro.
A tradução*, já publicada, é de Leonardo Antunes (2018). O autor também discutiu métrica e método de tradução de cada verso.
F 352
Com guirlandas de salgueiro o bom Megistes tem se ornado
Por dez meses e bebido o mosto doce como o mel.
F 359
Cleóbulo é aquele que eu amo,
Cleóbulo é quem me enlouquece,
Cleóbulo é quem contemplo.
Outra possibilidade:
De Cleóbulo estou enamorado,
Por Cleóbulo enlouqueço,
Para Cleóbulo eu olho.
F 373
Jantei uma fatia fina de um bolinho leve
E o vinho de uma jarra inteira. Agora meigamente
A lira amável toco em serenata à moça meiga.
Outra possibilidade:
Um pedaço de bolo, fino,
Foi a janta que eu comi
Mais o vinho de um garrafão.
Ora a lira amável vou
Dedilhar meigamente à minha
Meiga moça em serenata.
F 383
Ela verteu vinho melífluo como o
Mel, tendo nas mãos uma vasilha tripla.
F 402c
Têm-me amor os jovenzinhos pelo modo com que eu falo,
Pois são gráceis melodias, fala grácil a que eu conheço.
(*) Tradução CC BY 4.0