Este fragmento de papiro do Egito ptolemaico, datado do final do século II, contém uma carta de negócios de uma mulher chamada Taís, dirigida a um homem chamado Tígrio.
De acordo com Bagnall e Cribiore (2006, p. 297-8), é possível que o texto tenha sido ditado a um escriba. A linguagem é direta, abrupta, sem ornamentos e há várias abreviações.
Taís era dona de uma propriedade agrícola situada em Petne[1] e esse Tígrio era com certeza parente ou homem de confiança (gr. ἴδιος = lat. suus). Ela possivelmente residia em outro local.
De Taís para meu Tígrio. Saudações.Escrevi a Apolinário para que ele esteja emPetne para a p[e]sagem (do cereal). Apolinário te falarácomo estão as finanças e as taxas. Ele5te dirá o nome da pessoa (responsável). Se vieres, separaseis medimnos[2] de sementes e sela-os emsacas para que estejam à mão, e sepuderes vai e descobre sobre o asno.Sarapodora e Sabino mandam lembranças.10Não vendas os porquinhos sem me consultar.Adeus.
O papiro foi encontrado em Oxirrinco (atual el-Bahnasa), Egito, por Bernard Grenfell e Arthur Hunt, da Universidade de Oxford, entre 1897 e 1907. A editio princeps do texto (1908, p. 298) é também deles.