Aristófanes / Aves

Ὄρνιθες Aves Ar. Av. -414
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Passarinho gordoPassarinho gordo

Uma das mais antigas obras escapistas da literatura ocidental, representa um marco na obra de Aristófanes.

Aves (gr. Ὄρνιθες) foi representada pela primeira vez em -414, em Atenas, mais uma vez sob a direção de Calístrato; obteve o segundo lugar no concurso dramático das Dionísias Urbanas. Lesky (1995, p. 468) a considera a mais perfeita comédia aristofânica.

Argumento básico: dois desencantados atenienses abandonam Atenas, se transformam em aves e construem uma fantástica cidade nas nuvens, de nome Cuconuvolândia. Declaram então guerra aos deuses olímpicos, obrigando-os a negociar com as vitoriosas aves.

Principais manuscritos: Ravenna 137 (sæc. XI) e Marcianus Venetus 474 (sæc. XII).

Editio princeps: Aldina (Veneza, 1498), preparada por Musurus. Edições mais importantes: Hall e Geldart (Oxford, 1900), Coulon (Paris, 1928) e Sommerstein (1987).

Traduções para o português: Maria de Fátima S. Silva (1989) e Adriane S. Duarte (2000).

A primeira adaptação moderna para o palco, Die Vögel, data de 1780 e foi representada em Weimar (Alemanha) sob a direção de Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832), que também representou o papel de Pisetero. Uma adaptação brasileira dirigida por Thadeu Peronne foi apresentada em 2016 em Curitiba.