O palácio de Cnossos
O palácio de Cnossos

O palácio de Cnossos

-1550/-1450
Reconstituição artística do palácio em seu apogeu

Dentre as mais impressivas construções minoicas — os grandes palácios das cidades de Cnossos, Festos, Mália e Zakros —, o maior e mais complexo de todos era o de Cnossos, que aliás pode ter servido de modelo aos demais.

As dependências mais antigas do Palácio de Cnossos datam de -2000/-1900 e numerosas reconstruções e expansões foram efetuadas durante sua existência; as mais notáveis ocorreram depois do terremoto de -1700. Por volta de -1450, todos os palácios foram completamente destruídos, e somente o de Cnossos recebeu reparos; continuou em uso até cerca de -1375, quando foi finalmente abandonado.

Havia tantos cômodos e corredores no palácio e a planta era tão intrincada que os historiadores acreditam que ele pode ter inspirado a lenda do Labirinto de Creta. A reconstituição artística supra e as Ilum. 0182a (maquete) e Fig. 0037 (planta) mostram o palácio em seu apogeu, no fim do século -XV.

Fig. 0037. Planta simplificada do palácio c. -1400. As construções se dispõem em volta de um pátio central (1) e o acesso ao andar superior podia ser efetuado através de várias escadarias (E). As quatro entradas principais são: norte (2), oeste (3), leste(4) e sul (5). A área do teatro (6) fica ao lado da entrada norte. Outros locais importantes (nomes modernos): armazéns (7), sala do trono (8), templo principal (9), Sala dos Machados Duplos (10), aposentos da rainha (11), corredor da Procissão (12).

Uma série de reconstituições das ruínas têm sido feitas desde 1900, época das escavações de Evans, com maior ou menor fidelidade, na tentativa de mostrar o palácio em seus momentos de esplendor, entre -1550 e -1400, aproximadamente.

Na Ilum. 0182b, temos a entrada da ala norte do palácio, vista do exterior (corresponde ao ponto 2 do plano); na Ilum. 0182c, vemos um corredor, decorado com afrescos que representam escudos “em oito”, que circunda um pátio desenhado para trazer ar e luz para dentro do palácio (nome convencional: “poço de luz”); na Ilum. 0182d, a escadaria monumental externa, próxima do acesso norte (ponto 2); na Ilum. 0182e, o “teatro” (ponto 6) — observar os característicos degraus baixos da escadaria momumental, situada na extremidade noroeste do complexo.

A Ilum. 0182f mostra o “mégaro[1] da rainha” (ponto 11). Note-se que o assoalho, decorado com golfinhos saltitantes, foi incorretamente restaurado por Evans como painel de parede. É possível, ainda, que esses os golfinhos decorassem originalmente o chão do andar superior. A Ilum. 0182g mostra uma reconstituição conjetural de uma cena do dia-a-dia nesse aposento, baseada em achados arqueológicos diversos e nas figuras femininas dos afrescos[2] minoicos.

As figuras 0182h e 0182i mostram a “sala do trono” (ponto 8). Na época do domínio micênico, a sala do trono foi reformada de acordo com o gosto dos conquistadores. Nas paredes em volta do trono há afrescos com grifos estilizados, em meio à vegetação também estilizada, motivo tipicamente micênico. Compare esses afrescos com os do “palácio de Nestor” em Anos Englianos (imagines alterae).

A Ilum. 0182j mostra um depósito com pitos na ala oeste do palácio (ponto 7). Os pitos eram grandes vasos de armazenagem presentes nessas áreas dos palácios minoicos. Veja um deles em tamanho maior em imagines alterae. Veja, na Ilum. 0182k, os aquedutos de terracota que corriam sob o piso do palácio para a drenagem de água e, na Ilum. 0182l, os cornos de consagração, visíveis do alto da muralha sul do Palácio de Cnossos (ponto 5, mais ou menos).

Os tradicionais cornos de consagração cretenses, presentes no alto dos palácios minoicos e dos principais santuários de Creta, são uma representação estilizada dos chifres de um touro, imagem importante na religião minoica. Veja, em imagines alterae, a presença desses cornos em contexto religioso.

Etapa cultural: Minoico Recente.

registro nº0182
imagemMmoyaq, 02/07/2013
0182a  Corvax, 06/10/20060182b  Bernard Gagnon, 18/11/20110182c  Kathryn V. Andrus0182d  Kathryn V. Andrus0182e  Kathryn V. Andrus0182f  Kathryn V. Andrus0182g  De Jong, 1922/19300182h  Kathryn V. Andrus0182i  Lapplaender, 23/07/20080182j  Corvax, 06/10/20060182k  Kathryn V. Andrus0182l  Jebulon, 24/02/2015
fonte / ©Wikimedia Commons
0182a  Wikimedia Commons0182b  Wikimedia Commons0182c  Art History Digital Images [site inativo]0182d  Art History Digital Images [site inativo]0182e  Art History Digital Images [site inativo]0182f  Art History Digital Images [site inativo]0182g  World Art Database [site inativo]0182h  Art History Digital Images [site inativo]0182i  Wikimedia Commons0182j  Wikimedia Commons0182k  Art History Digital Images [site inativo]0182l  Wikimedia Commons