Ps.-Higino / História 4

Hyg. Fab. 4 séc. I-III
tradução / latim

A quarta historieta contada pelo Pseudo-Higino pode ser considerada um sumário ou argumento da tragédia Ino, de Eurípides.

É esse, aliás, o título conservado pela editio princeps. Na tradução abaixo, efetuada na ocasião de meu doutorado, os parágrafos foram introduzidos para facilitar a leitura.

Ino, de Eurípides

1. Quando Átamas, rei da Tessália, 〈assumiu〉 que sua esposa Ino, com quem tivera dois filhos, havia perecido, tomou por esposa Temisto, filha de uma ninfaa e com ela gerou filhos gêmeos.

2. Mais tarde, descobriu que Ino estava no (Monte) Parnasso e que havia ido lá para celebrar os rituais de Bacob. Mandou alguém trazê-la e escondeu-a.

3. Temisto ficou sabendo que ela havia sido encontrada, mas não sabia como se parecia. Veio-lhe a disposição de matar os filhos dela; tornou a própria Ino ciente disso, pois a considerava uma cativa, e lhe disse para cobrir seus filhos de vestes brancas e os filhos de Ino, de vestes negras.

4. Ino cobriu seus filhos de vestes brancas e os de Temisto, de negras; e então Temisto, enganada, matou seus próprios filhos. Quando descobriu isso, matou-se.

5. Átamas, por outro lado, tomado de loucura, matou o filho mais velho, Learco, enquanto caçava. E Ino se lançou ao mar com o filho menor, Melicertes e foi transformada em deusac.

a Néfele.    b [Higino] afirma que Ino era uma das mênades.    c Leucoteia.