Vida de Ésquilo

Αἰσχύλου Βίος Vita AeschyliVit. Aesch. Sæc. X
Ésquilo (-525/-456)Ésquilo (-525/-456)

Texto breve e anônimo, com dados biográficos coligidos por autores da Antiguidade.

A Vida de Ésquilo (gr. Αἰσχύλου Βίος) está nas primeiras folhas do Mediceus e de outros 14 manuscritos de Ésquilo, pelo menos. Não há informações sobre o autor ou sobre a época exata em que foi escrita.

O Mediceus (Laurentianus 32.9) data do século X e está hoje na Biblioteca Laurenciana de Florença.

Resumo

Na edição de Radt (1985), o texto se compõe de 18 parágrafos e ocupa, com o aparato crítico[1] e as notas do editor, 6 páginas.

Os parágrafos 1-4, de ordem geral, informam sobre o nascimento, a família, a participação de Ésquilo nas guerras médicas e o estilo de suas tragédias. Os parágrafos 5-7 continuam a crítica literária, de forma bastante positiva, mas referem uma brincadeira de Aristófanes sobre os longos silêncios, em cena, de certos personagens. A viagem à Sicília, algumas justificativas para a saída de Atenas, o sucesso do poeta em seu novo lar e sua morte dois anos depois preenchem os parágrafos 8-10. No parágrafo 11 são descritas as homenagens prestadas pelo povo de Gela.

A apreciação dos atenienses por sua obra, alguns dados sobre as representações de suas tragédias, as vitórias de algumas delas nos concursos (após sua morte) e a posição de Ésquilo na história do gênero trágico, assim como os recursos cênicos que costuma utilizar, ocupam os parágrafos 12-4; são atribuídos, a ele, 70 tragédias e cinco dramas satíricos. No parágrafo 16, uma comparação entre Ésquilo, Sófocles e seus predecessores.

Passagens selecionadas

Nos parágrafos 17-18, finalmente, a inscrição em seu túmulo e a informação de que ele apresentou Os Persas na Sicília, a pedido de Hierão I.

Edições, manuscritos, traduções

O texto da Βίος foi editado por Westermann (1845), Dindorf (1851), Wecklein (1885/1893), Sidgwick (1902), Mazon (1921) e Page (1972), entre outros. A edição definitiva é, atualmente, a de Radt (TrGF, v. 3, Göttingen, 1985).

A Vita Aeschyli foi traduzida para o português por Marcus Mota (2018).