Simônides de Ceos

Σιμωνίδης Simonides Lyricus Simon.c. -556/-468
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Hoplita com elmoHoplita com elmo

Representante da poesia lírica coral e também o mais importante autor de epigramas do Período Arcaico.

Simônides era tio do poeta Baquílides. Nasceu em -556, na ilha de Ceos, e morreu por volta de -468. Era extremamente versátil e também compôs hinos, ditirambos, epinícios[1] e elegias em dialeto dórico.

Compunha por encomenda e esteve em Atenas por volta de -522, trazido pelo tirano Hiparco; depois, foi para a Tessália e voltou a Atenas em -490. Esteve aparentemente também em Siracusa, na época do tirano Hieron I (-476), e em Acragás, durante a tirania de Teron (-488/-472).

Obras

Segundo a tradição, Simônides inventou o epinício e foi o primeiro poeta a receber pagamento pelo seu trabalho. Devido à sua importância para a poesia lírica, foi incluído pelos eruditos alexandrinos no cânone de nove poetas líricos. Muito maior, no entanto, foi sua fama como criador de epigramas, que compõem a quase totalidade dos fragmentos a ele atribuídos.

De acordo com Page (1981), de todos os epigramas que trazem seu nome, apenas um — o epitáfio do adivinho Megistias (Heródoto 7.228) — pode ser efetivamente considerado de sua autoria. Justamente o mais famoso de todos, composto em homenagem aos espartanos que morreram combatendo os persas nas Termópilas (-480), é de autor desconhecido...

Recentes descobertas mostram que Simônides fez pelo menos uma incursão, ainda que parcial, no terreno da história. Em um fragmento, conservado no P. Oxy. 3965, comparou as guerras greco-pérsicas com a Guerra de Troia.

Passagens selecionadas

Manuscritos, edições, traduções

Nossa principal fonte para todos epigramas de Simônides é a Antologia Palatina; os fragmentos de suas outras obras podem ser encontrados nas edições dos poetas gregos arcaicos de Page (21967) e West (1972).

Em português, os primeiros versos de Simônides foram traduzidos por António José Viale em 1868. Mais recentemente, José Paulo Paes (1995), Maria Helena da Rocha Pereira (1998), Giuliana Ragusa (2013) e Rafael Brunhara (2017) traduziram vários framentos.