arte310 palavras

Míron de Eleuteras

Μύρων Myron fl. -460 / -440
Et Myron, qui paene animas hominum ferarumque aere comprehenderat (...)

E Míron, que quase capturou o sopro da vida em (estátuas de) homens e animais (...)

MársiasMársias

O escultor ateniense Míron notabilizou-se pela bem proprocionada representação de atletas em poses relativamente realistas, mas era bastante versátil e recorreu a muitos outros temas.

Vida

Era de origem beócia, mas nasceu em Eleuteras, Ática. Floresceu entre -460 e -440, a julgar pela datação de alguns de seus trabalhos. Estudou com o escultor Hageladas de Argos, assim como Fídias e Policleto, e aparentemente havia alguma rivalidade entre ele e Policleto.

Seu filho Lícias também se tornou escultor, e é só o que sabemos de sua vida.

A maior parte das informações disponíveis sobre sua vida são tardias e foram conservadas por Plínio, o Velho (História Natural 34.10; 55; 57).

Obra

Trabalhou notadamente com bronze, mais precisamente o da variedade Délia. Referências às suas esculturas são encontradas em diversos escritores antigos, como Plínio (op. cit.), Pausânias (1.23.8; 1.24.1; 9.30.1) e Luciano (Amigo da mentira 18). Há diversos epigramas na Antologia Palatina sobre uma novilha de bronze que fez para a ágora de Atenas que, de tão perfeita, era confundida com um animal de verdade (e.g. AP 9.733).

Sua principal contribuição à arte parece ter sido o estabelecimento de novos padrões para a representação de atletas em movimento.

Obras sobreviventes

As obras mais celebradas pelos antigos eram a vaca de bronze e o discóbolo (gr. δισκοβόλος , ‘lançador de disco’). A vaca não chegou até nós, mas duas obras conhecidas, o discóbolo e o grupo “Atena e Mársias”, mostram cuidadoso estudo das proporções, da simetria e do ritmo da composição. Dispomos também de parte de um grupo que representava Teseu e o Minotauro.

De suas outras obras temos apenas referências, particularmente de autores romanos do final da República e da Época Imperial.