história360 palavras

O Cipriota Recente e o “reino” de Alasiia

-1550 / -1050

Durante o Cipriota Recente, a prosperidade de Chipre continuou dependente da expressiva exportação de cobre e das intensivas trocas comerciais.

miniaturaTrípode metálica.
Chipre, -1300/-1175

Até -1450, os principais parceiros comerciais dos cipriotas foram Creta, a Sírio-Palestina e o Egito.

Centros urbanos como Citium e Enkomi, importantes pelo seu comércio, pelas fundições de cobre e também pela manufatura de joias e objetos de metal, floresceram nas costas sul e leste; as sepulturas dão mostras abundantes de riqueza e luxo (Finley, 1990), com objetos procedentes das mais diversas regiões.

Os egípcios e os asiáticos chamavam a ilha de Alasiia. O rei de Alasiia era, talvez, o chefe da cidade de Enkomi, que dominava aparentemente uma parte substancial da ilha e tinha prestígio suficiente para chamar o Faraó egípcio de meu irmão.

A grande quantidade de armas presentes nas sepulturas e os povoados fortificados da ilha indicam, porém, mais do que a existência de um poder político central, poderes regionais de considerável importância. E não é certo que Alasiia tenha sido um protetorado hitita ou egípcio durante o Bronze Recente.

Passagens selecionadas

Por volta de -1500 desenvolveu-se em Chipre uma escrita conhecida por cipro-minoica, ainda não decifrada, certamente inspirada na Linear A cretense. A linguagem era provavelmente derivada de uma desconhecida língua originária de Creta e a escrita prestava-se, talvez, ao controle das atividades comerciais.

A partir de -1400 ocorreu significativo influxo de cerâmica procedente da Grécia Continental, porém não acompanhada de outras características da cultura micênica. É possível, portanto, que os micênios tenham se instalado na ilha em entrepostos comerciais de relativa importância que intermediavam o relacionamento comercial entre Peloponeso, Ásia Menor e Egito.

Chipre nunca deixou de ser uma encruzilhada de influências culturais do Egeu, da Sírio-Palestina e do Egito, fato evidente em todas as formas de arte cipriota.

Depois de -1200, início do colapso da cultura micênica, há evidências da instalação de imigrantes vindos do Peloponeso e da difusão cada vez maior da cultura micênica na ilha. Em Palaipafos, por exemplo, foi erigido no final do século -XIII um famoso templo dedicado a Afrodite, mencionado por Homero na Odisseia; em Enkomi, as paredes de um santuário do século -XII são de estilo nitidamente ciclópico.

Parece que refugiados cretenses também se instalaram em Chipre por volta de -1100.