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Inscrições gregas, cartas e outros textos

Perseu, Andrômeda e o monstro marinhoPerseu, Andrômeda e o monstro marinho

A ciência que estuda e decifra as inscrições antigas é conhecida por epigrafia, do grego ἐπιγράφω , ‘gravar na superfície de algo’.

A existência de inscrições indicativas, comemorativas, fúnebres, etc. é justamente uma das mais constantes características das culturas letradas antigas ou modernas.

As inscrições antigas, escritas na mesma época dos acontecimentos a que se referem, são testemunhos de grande valor para numerosos campos das ciências humanas, notadamente a história, a religião e a filologia. É uma pena que a grande maioria das inscrições tenha sido danificada ao longo dos séculos; quase todas chegaram incompletas até nós. Quanto aos gregos, enorme quantidade de inscrições de extensão variável foi encontrada em todos os locais que ocuparam, nos mais diversos tipos de suporte.

Durante a Idade do Bronze, as inscrições em linear B foram efetuadas principalmente em tabuinhas de argila e em vasos de cerâmica, com fins puramente utilitários (inventários, contabilidade, etc.). As mais antigas datam do século -XIV.

As incrições no silabário cipriota foram também efetuadas em tabuinhas de argila, durante a Idade do Bronze, e em placas de bronze e em monumentos, do século -VIII em diante. Eram, em sua maioria, dedicatórias e notas fúnebres. Somente as inscrições posteriores à Idade do Bronze são razoavelmente conhecidas.

As inscrições com caracteres alfabéticos são numerosas e foram gravadas em placas de metal, estelas de madeira ou pedra, cerâmica, base de estátuas e assim por diante. Sua finalidade era extremamente variada: dedicatórias, listas, decretos e leis, contratos, tratados entre cidades, ex-votos... As mais antigas datam do século -VIII e, de certa forma, equivalem aos modernos arquivos impressos.

Além das inscrições, a evolução da escrita alfabética e a relativa popularização do papiro possibilitaram o registro de várias interações pessoais, particularmente do século -IV em diante. Cartas, contratos, recibos, relatórios e outros documentos têm sido frequentemente encontrados e divulgados pelos arqueólogos desde o final do século XIX.