Ésquilo / Suplicantes

Ἱκέτιδες Supplices Aesch. Supp. c. -463
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As danaidesAs danaides

Suplicantes (gr. Ἱκέτιδες) tem 1074 versos e é a única tragédia que sobreviveu da tetralogia que continha As Suplicantes, Os Egípcios, As Danaides, tragédias, e o drama satírico Amimone. Ésquilo obteve o primeiro prêmio nesse concurso, disputado nas Dionísias Urbanas de Atenas por volta de -463.

A maioria dos eruditos considerava esta tragédia, de estrutura verdadeiramente arcaica, a mais antiga de todas as que conhecemos. Um papiro (P. Oxy. 2256 F 3) descoberto no Egito em 1952 a situou, porém, quase dez anos depois da primeira apresentação de Os Persas.

A julgar pelos títulos e por alguns fragmentos, a tetralogia contava a lenda das descendentes de , a sacerdotiza de Hera por quem Zeus se apaixonara e que aparece no Prometeu Acorrentado.

Hipótese

As cinquenta danaides, acompanhadas de Dânao, fogem do Egito para não se casar com seus cinquenta primos, os egiptíades (filhos de Egito, irmão de Dânao).

Tendo chegado à Argólida, terra de , sua ancestral, elas pedem refúgio a Pelasgo, rei de Argos. Depois de hesitar um pouco, o rei decide acolher Dânao e suas filhas, e expulsa um ameaçador arauto que viera reclamá-las em nome dos filhos de Egito.

Dramatis personae

Coro as danaides, filhas de Dânao Dânao descedente de , irmão de Egito e ex-rei da Líbia Pelasgo rei de Argos Arauto representante dos filhos de Egito

Figurantes: guardas do rei Pelasgo e servas das danaides.

Mise en scène

A cena se passa em uma colina situada perto do mar, a alguma distância de Argos, junto às estátuas de diversas divindades. O cenário era, provavelmente, apenas uma pequena elevação com um altar e as estátuas dos deuses.

Esta peça era também encenada somente com dois atores. Um deles representava o rei; o outro, Dânao e, a seguir, o arauto. As vestes das danaides evocavam, para os gregos do século -V, os distantes costumes egípcios.

Resumo da tragédia

Párodo (1-175), 1º episódio (176-523), 1º estásimo (524-99), 2º episódio (600-29), 2º estásimo (630-709), 3º episódio (710-75), 3º estásimo (776-825), 4º episódio (825-1017), êxodo (1018-1073).

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Manuscritos, edições e traduções

O melhor manuscrito é o Mediceus. Editio princeps: a Aldina, de 1518.

Edições modernas da tragédia isolada: Vürtheim (1928), Untersteiner (1935), Kraus (1948), Johansen and Whittle (1970), e Garvie (2006).

Traduções para o português: Sottomayor (1968), Rodrigues (1983), Torrano (2009) e Martins de Jesus (2012).