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Píndaro

Πίνδαρος Pindarus Lyricus Pind.-518 / -438

Poeta grego, grande expoente da poesia lírica coral antiga. Parte significativa de suas obras foram conservadas.

Considerado o “príncipe dos poetas” teve grande fama em vida e durante toda a Antiguidade. Com ele, a lírica grega atingiu simultaneamente o apogeu e o fim.

Biografia

Píndaro nasceu em -518 na pequena cidade de Cinoscéfalos, Beócia; era de família aristocrática e seu pai se chamava Daífanto. Segundo a tradição, foi educado em Atenas e compôs provavelmente sua primeira obra antes de -498, com menos de 20 anos.

Sua posição pessoal durante as guerras greco-pérsicas é controvertida. Embora os aristocratas tebanos fossem simpáticos aos persas, ele compôs um elogio aos marinheiros eginetas que lutaram em Salamina (-480).

Nos anos seguintes, a fama de Píndaro se espalhou por toda a Grécia e ele se tornou poeta profissional itinerante. Compôs por encomenda para Hieron I de Siracusa (-478/-467), Teron de Acragás (-488/-472) e Arcesilau IV de Cirene (c. -462), entre outros.

Morreu em Argos com quase 80 anos, ou seja, por volta de -438.

Obras sobreviventes

miniaturaPíndaro

As fontes antigas listam um total de 17 livros de Píndaro, entre hinos, peãs, ditirambos, prosódions, partenions, hipórquemas, encômios, trenos e epinícios. A coletânea foi organizada, sem dúvida, pelos eruditos alexandrinos.

Ele era o último e, indubitavelmente, o mais importante dos nove poetas do cânone alexandrino de poetas líricos.

Um total de 45 epinícios[1] chegou até nós, divididos em quatro livros: Olímpicas, Píticas, Nemeias e Ístmicas. Dos livros restantes, temos numerosos fragmentos de extensão e importância muito desigual.

A ode mais antiga data de -498 e a mais recente, de -446.

Características da obra

A ode pindárica típica contém um argumento mítico, que de alguma forma o poeta relacionava com a cidade, a família do patrono ou a vitória obtida; um panegírico, discurso com elogios à vitória e ao vencedor; finalmente, conselhos e advertências de fundo moral e, às vezes, político.

Píndaro utilizou basicamente o dialeto dórico, porém com diversos elementos homéricos e eólicos, resultando numa língua literária, um pouco distante da linguagem falada. Seu estilo era sempre elevado, grandioso e colorido, e descrevia os mitos com fantasia e muita originalidade.

Embora tenha composto vários tipos de poesia lírica, sua fama advém principalmente dos epinícios, odes corais em honra dos vencedores de jogos atléticos, todos eles escritos por encomenda.

Sinopses, edições, traduções

Há, por enquanto, as seguintes sinopses no Portal:

Editio princeps: a Aldina (Veneza 1513). Edição padrão: Bruno Snell e Herwig Maehler (2 v., 1987 e 2001).

Traduções: Roosevelt Rocha publicou uma tradução portuguesa de todos os poemas de Píndaro em 2018.