Hesíodo / Teogonia 126-38

Hes. Th. 126-38
tradução / grego antigo

A passagem (126-38) ilustra a sequência da cosmogonia grega a partir de Urano, o céu, e de Gaia, a terra, na visão de Hesíodo.

E Gaia certamente deu origem primeiro ao estrelado Urano igual a si mesma, para circundá-la em toda sua volta e ser para os deuses bem-aventurados morada imutável e eterna. E deu origem a grandes Montanhas, agradáveis lugares para as divinas 130 Ninfas que moram no alto, em vales arborizados das montanhas. E originou também a infecunda vastidão que se eleva em vagas, Pontos, sem o desejável ato de amor. Mas depois, tendo se deitado com Urano, deu à luz Oceano, de profundos turbilhões, Ceos, Crio, Hipérion e Jápeto; 135 Teia, Reia, Têmis e Mnemósine; Febe de dourada coroa e a amável Tétis. E depois deles o mais jovem, Crono de mente tortuosa, o mais terrível dos filhos; e ele odiou o vigoroso pai.